A história do Xbox, seu começo até a priorização do Gamepass

Não é de hoje que a gigante americana, não se importa com aquilo que fez o Xbox interessante, que são os jogos de qualidade.

A história do Xbox começou em 2001, com o lançamento do Xbox original, que marcou a entrada da Microsoft no mercado de consoles. O console era poderoso para a época, com gráficos impressionantes e jogabilidade fluida graças o poder de processamento do mesmo. Além disso, foi o primeiro console a incluir um disco rígido interno, proporcionando mais espaço de armazenamento para jogos, demos, música e outras mídias. Vendeu mais de 24 milhões de unidades em todo o mundo e por ser algo novo, foi considerado um grande sucesso


Em 2005, a Microsoft lançou o Xbox 360 (sim apenas 4 anos após o primeiro Xbox) que se tornou um dos consoles mais populares de todos os tempos. O 360 era ainda mais poderoso que o original, com gráficos em HD e uma ampla variedade de jogos, porque nessa época a Microsoft investia em jogos proprietários.

O Xbox 360 também inovou em diversos outros aspectos, como a introdução do Xbox Live, um serviço online que permitia aos jogadores jogarem online uns com os outros, inclusive foi meu primeiro ambiente online que tive contato, e no qual meu primeiro jogo foi Gears of Wars, e eu me divertia bastante naquela época com jogos online, hoje por falta de tempo e dedicação, me afastei desse mundo online. No Brasil o console foi bastante popular graças a pirataria, já que o Playstation 3 era um console mais caro e que não possui desbloqueio.


Em 2013, a Microsoft lançou o Xbox One, que representou uma grande mudança na direção da empresa. O One era mais do que apenas um console de jogos, era um sistema de entretenimento completo (pelo menos, era o que dizia a Microsoft), que incluía um player de Blu-ray, aplicativos de streaming de vídeo e música, e a capacidade de controlar outros dispositivos domésticos inteligentes, nessa época a empresa parecia ter perdido o tom do que era um videogame e do que era um produto de entretenimento.

E apesar do bom lineup inicial, depois a empresa só focou em 3 propriedades intelectuais, e os outros jogos que até vieram exclusivamente para o console, não fizeram o barulho necessário chamar a atenção dos consumidores, e assim o Xbox acabou sendo conhecida apenas pelo gamepass, pela falta de jogos exclusivos de qualidade e a promessa de que todo ano seria o ano do Xbox segundo o chefe da divisão Phil Spencer, inclusive gerando diversos memes a respeito disso, já que esse ano, nunca chegou.


Em 2020, a Microsoft lançou o Xbox Series X e o Xbox Series S, que são os consoles mais poderosos da empresa até o momento, mesmo com poucos lançamentos de peso para mostra a potência e muitas promessas (aqui nesse caso a Playstation tambem não fez muito, porém ela tem mais jogos exclusivos de console do que o Xbox disparadamente), os consoles até começaram bem, mas depois começaram as cobranças uma vez várias aquisições foram feitas mas os jogos de qualidade exclusivos nunca vieram, talvez esse cenário mude agora com o lançamento de Hellblade II em 2024.


Os Series X e S oferecem gráficos de última geração, tempos de carregamento ultrarrápidos e uma ampla variedade de recursos inovadores, faltando mesmo jogos que mostrem o poder de processamento do videogame mais poderoso disponível.
Alguns dos jogos mais populares da história do Xbox incluem:
* Halo: Combat Evolved
* Forza Horizon
* Gears of War
* Fable
* Minecraft


O Xbox se tornou uma das plataformas de jogos mais populares do mundo, com milhões de jogadores em todo o globo, isto é um fato. Mas dentro de um mercado nos quais apenas 3 empresas possuem consoles de mesa doméstica e 1 delas meio que corre por fora sendo mais um videogame híbrido do que console de mesa, estar entre as plataformas mais populares do mundo, mesmo em último lugar é um tanto quanto óbvio.

Com todo esse histórico, a Microsoft conhecida por ter muito dinheiro, passou a ter o Gamepass, seu sistema de serviço de catálogos de jogos, como o principal carro chefe, prometendo lançamentos de seus estúdios no primeiro dia e sem pagar mais nada por isso. Com o serviço inaugurado em 2017 e considerado pela empresa como um sucesso, o mesmo é popular e hoje é o principal ” produto” da marca, que investiu bilhões em aquisições de estúdios e entre as mais notáveis compras estão:


>2002 – Rare: famoso por franquias como Banjo-Kazooie, Donkey Kong Country e Sea of Thieves.
>2014 – Mojang Studios: criadora do fenômeno global Minecraft.
>2018 – Ninja Theory: responsável por Hellblade: Senua’s Sacrifice e Bleeding Edge. E também a Compulsion Games: estúdio canadense por trás de We Happy Few.
>2021 – ZeniMax Media: uma aquisição bilionária que incluiu estúdios renomados como Bethesda Game Studios (The Elder Scrolls, Fallout), id Software (Doom, Quake), Arkane Studios (Dishonored, Prey) e MachineGames (Wolfenstein).
> 2022 – Activision Blizzard: uma compra colossal que adiciona franquias icônicas como Call of Duty, World of Warcraft, Overwatch e Candy Crush ao catálogo da Microsoft.

Mas tantos estúdios, tanto dinheiro, o que parecia um sonho se tornou um pesadelo, pelo menos essa é a impressão que me passa, já que os jogos lançados para o serviço vindo de seus estúdios proprietários parecem menores, piores e sempre com algo faltando. Tirando os jogos da franquia Forza e Gears, até mesmo Halo sofreu uma grande perda de qualidade em seu ultimo jogo, tendo sido abandonado pela comunidade logo após seu lançamento, e esse foi sim um jogo de orçamento estrondoso porém mal gerenciado.

É como se a Microsoft simplesmente não se importasse com o dinheiro investido, ou então investisse pouco nos jogos por não trazerem o retorno financeiro que um jogo trás ao ser vendido normalmente ao invés de ser oferecido a um serviço. O fechamento dos estúdios Arkane, Tango, Alpha Dog e Roundhouse Games so demonstram que mesmo com ótimos títulos, isso não importa para Microsoft pois eles não geram a receita necessária para se manter no mercado.

E o caso mais notório é da Arkane que vendeu Redfall como um titulo triple A, feito para mostrar o poder do console e a qualidade dos títulos ofertados no Gamepass e que se demonstrou ser um produto de baixíssima qualidade e que agora foi abandonado, mesmo após promessas de mais conteúdo e tentativa de um “conserto” tardio.

E a Arkane que tinha títulos premiados e consagrados antes de ser vendida a Microsoft, e que após a aquisição, o seu primeiro titulo foi muito abaixo da qualidade esperada. Por que? Politica da Microsoft para poder ofertar um jogo no Gamepass? Nunca saberemos. Mas fica a reflexão sobre o “bem” que jogos ofertados em catálogo podem causar na industria, uma vez que após tanto investimento na compra de estúdios o que vemos é a baixa qualidade desses títulos, e isso nos faz questionar se realmente vale a pena o Catálogo ou e apenas o Day One o problema.